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    Exposição do cavo de Meckel por via extradural no tratamento da neuralcia essencial do trigêmeo

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    Report of a new technique for the treatment of major trigeminal neuralgia, consisting of exposure (with no opening) of the cavum Meckelli following an extradural approach. Four patients were operated on, with the same encouraging results obtained by others (Taarnhöj, Love, Norlen) employing different procedures. Although the author does not intend to give any explanation on pathogenesis of trigeminalgia he feels that the compression of the trigeminal roots inside the cavum Meckelli invoked by Taarnhõj as the mechanism of trigeminal neuralgia has lost its support

    Hérnias intra-raquidianas dos discos intervertebrais lombares: resultados da excisão em 128 casos

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    O tratamento cirúrgico das hérnias de discos intervertebrals lombares tem indicações precisas e os resultados dependem de condições que devem ser convenientemente satisfeitas. Nos casos em que só existe sintomatologia dolorosa subjetiva que não regride com o tratamento conservador, a intervenção cirúrgica deve ser condicionada à comprovação diagnóstica mediante um dado objetivo, qual seja a radiologia contrastada, que não só informa quanto à existência e situação de prolapso discal, como permite o diagnóstico diferencial com outras afecções. Nos casos em que, além da sintomatologia dolorosa subjetiva, existem sintomas objetivos sensitivos e/ou motores, indicando sofrimento das raízes raquidianas, o tratamento cirúrgico tem indicação absoluta, devendo o ato operatório ser precedido de exame radiológico contrastado. Não deve haver qualquer contemporização no ato cirúrgico quando a sintomatologia plurirradicular e de caráter agudo fizer suspeitar da ocorrência de retropulsão maciça de discos intervertebrals. Quanto à tática cirúrgica, deve ser feita laminectomia parcial unilateral quando o prolapso discai ocupar situação póstero-lateral, na altura dos espaços Lv4-Lv5 e LV5-Sv1 quando o prolapso estiver situado em níveis mais altos ou quando estiver em situação mediana ou, mesmo, quando se tratar de herniações bilaterais de um mesmo disco intervertebral, deve ser feita a laminectomia total, para evitar trações exageradas sôbre as raízes raquidianas, trações que podem ocasionar seqüelas sensitivo-motoras irreversíveis. O cirurgião deve considerar que seu alvo principal é suprimir as causas de compressão de raízes raquidianas; para isso, deve excisar o disco intervertebral herniado e, eventualmente, fazer a exérese de bordas escleróticas das vértebras; a excisão do disco lesado deve ser tão completa quanto possível, mediante curetagem, para evitar recidivas. Quando a herniação discai estiver situada no buraco de conjugação, deve ser feita a facetectomia, sendo a intervenção completada com artródese para imobilização. Para a exposição de hérnia discai, a bainha durai da raiz raquidiana deve sempre ser deslocada para a linha mediana, qualquer que seja a situação do prolapso, pois, dêsse modo, são diminuídas as possibilidades de lesões traumáticas da raiz que está sendo manipulada. Fragmentos livres de disco intervertebral no espaço epidural devem ser extirpados; o cirurgião deve ter presente a possibilidade da existência de tais fragmentos em níveis situados imediatamente acima ou abaixo do disco herniado. A rizotomia posterior deve ser praticada quando existir fibrose intensa da bainha durai de raízes raquidianas e, eventualmente, quando a excisão da hérnia discai não fôr julgada satisfatória; a rizotomia posterior deve ser feita, também, tôdas as vêzes em que a reparação de uma lesão acidental da bainha de uma raiz raquidiana não tenha sido satisfatória. A electrocoagulação do ligamento longitudinal posterior, visando à destruição da maior parte do nervo sinuvertebral de Luschka, deve complementar a operação para diminuir a persistência ou a incidência de lombalgias. A hemostasia deve ser perfeita para diminuir a formação de tecido cicatricial, causa de sintomatologia dolorosa no pós-operatório. Com êsse mesmo intuito deve ser interposta lâmina de esponja de gelatina isolando a bainha durai da raiz raquidiana das formações circunvizinhas. Neste trabalho são apresentados os resultados obtidos em 128 casos, escolhidos entre 571 pacientes operados de hérnias intra-raquidianas de discos intervertebrals lombares; êstes 128 casos foram selecionados por terem seguimento de um ano, no mínimo, para permitir boa avaliação dos resultados. Foram considerados como bons tão sòmente os resultados obtidos nos pacientes que, um ano após a intervenção cirúrgica, não apresentavam qualquer sintoma objetivo ou subjetivo decorrente da afecção (100/128 casos, ou sejam 78,1%); como regulares, aquêles em que houve apenas melhoras (14/128 casos, ou sejam 10,9%); como maus aquêles em que os pacientes não foram beneficiados com a intervenção (14/128 casos, ou sejam 10,9%). Dentro de criteriosas indicações, as hérnias intra-raquidianas de discos intravertebrais lombares devem ser tratadas com métodos cirúrgicos; salvo casos excepcionais, tais operações devem ser feitas por neurocirurgiões

    Mutismo acinético

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    São relatados os achados clínicos, eletrencefalográficos e anátomopatológicos em dois pacientes com quadro de mutismo acinético. Em um dêles, havia um tumor (rabdomiosarcoma) localizado no hemisfério cerebelar esquerdo e compressão bulbar; no outro, um neurinoma localizado no ângulo pontocerebelar esquerdo com atrofia, por compressão, do tecido cerebelar circunjacente. O mutismo acinético foi relacionado psicopatològicamente com o conceito de acinésia, no sentido de Kleist, isto é, alteração de excitabilidade motora em relação com as variações patológicas dos estímulos instintivos para o movimento em geral. A base instintiva dêste impulso foi integrada com o instinto nutritivo e subordinada mais diretamente ao instinto sexual, de acôrdo com a concepção organológica que desloca a séde destas funções da região hipotalâmica para o cerebelo. Assim, consideram os autores que o mutismo acinético seria decorrente da rotura da harmonia funcional do encéfalo, pela ativação de um mecanismo inibidor dos sistemas corticais. Com êste conceito, e apoiados nos modernos trabalhos neurofisiológicos sôbre o cerebelo, admitem os autores que, nos dois casos relatados, as lesões cerebelares poderiam ser consideradas como responsáveis pelo mutismo acinético, através dos mecanismos supressores localizados no sistema reticular do tronco cerebral. Sugerem, pois, a inclusão do cerebelo no sistema estrutural cuja alteração é responsável pelo mutismo acinético, que para outros autores, já é integrado na região mesencéfalo-diencefálica (Cairns, Bailey, French e Magoun) e no nível cortical, na parte anterior das circunvoluções singulares (Nielsen e cols., Barris e Schuman)
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